quinta-feira, 5 de abril de 2012

MASS APPEAL

Alguém tem dúvida acerca da limitação sem fronteiras do senso comum? Nesta redundância (limitação sem fronteiras) se mostra a impossibilidade de cercear sob uma tonelada de novos organons a abrangência viral da Ideologia no senso comum.Também as ciências e os conhecimentos estão arraigados nela; a Ideologia está para o intelecto assim como o Instinto e a Vontade está para as funções humanas mais básicas.No entanto, torna-se imprescindível que todo esforço se dê na forma de afastamento racional dessa “dominação”. “Dominação” seria um termo um pouco desonesto com o que minha simples e breve proposta tem por intento demonstrar aqui.”Dominação” caberia mais onde é próprio o discurso panfletário proletariado, anti-imperialista, anti-isso e anti-aquilo.Enfim, “Dominação” por si só é o testemunho legítimo e inconsciente de quem está atracado (passiva ou ativamente) dentro da própria “Dominação”, portanto, não sobrepujemos nossas capacidades de escolha e liberdade, nossas capacidades intelectuais em detrimento do determinismo de “Dominação”, pois, prefiro tratar a Ideologia que combato aqui mais como um vício e um péssimo hábito, do que uma Medusa/Esfinge/Leviatã e afins. É possível que com algumas restrições, uma auto-crítica severa se for mister, dietas e bos leituras, sim é possível que nos afastemos minuto a minuto,cotidiana e existencialmente desta tal Ideologia.Comecemos por afastarmos algumas afeições, ou ao menos, compreender-mos com um pouco mais de noção critica para que assim seja efetuada uma compreensão satisfatória dos ídolos em questão.




Dos socráticos menores aos vôos de Platão, esticaram Sócrates dos pés à cabeça. Sem feição de homem, em Mito se transformou. " Este de qualquer forma, desde a antiguidade, perdeu o caráter estrito de indivíduo concreto..."



Kierkegaard não foi menos cristão nem mais cristão que os outros, proferindo em relação a estes: "Se todos o são, prefiro não ser." ele determinou pra si uma isenção do cristianismo vigente,característica de excelência daquele que antes de crer, pensa.



Foi visto por uma boa parcela da população como uma espécie de O Messias de Garanhuns, sobretudo no que concerne à divisão de pães, peixes e promessas vindouras. De Sócrates ele herdou a condição de iletrado que se sobressai na capacidade oratória.



SOB TODOS ESTES ASPECTOS, MINHA CRÍTICA SE CONVERGE PARA UM ÚNICO PONTO: A FALTA DE RELATIVIDADE INCORRIDA MUITO MENOS PELOS "ÍDOLOS" DO QUE POR SEUS SEGUIDORES.

terça-feira, 27 de março de 2012

BADBADNOTGOOD
Tudo o que por mim fôr dito em relação à Literatura, deve conter rigorosamente o aspecto da brevidade, deve ter como condição primária o prazo de validade da mesmíssima forma que tem uma folha ou um fruto qualquer, que nasce, verdeja, floresce e apodrece, e da mesma forma também de pré-cozidos ou enlatados. Há mim me vale os momentos contabilizados nas semanas,nos dias , nas horas e minutos, essa noção mecânica em mim é mais forte, sobrepuja os tais “instantes de eternidade” que me soam pura falácia,Poetizuação, coisas de Geneci (ou seria Jeneci?) sei lá, não é ele o vocalista da Bunda mais Bonita da cidade? Longe de mim galgar uma pretensão maior do que os próprios limites de que o Tempo e o Espaço têm a me oferecer. Ao sono os sonhos, à Realidade o constructo,à Verdade as opiniões.Não entendo por que ofereceria Belas letras num sentido mais sublime e Ideal do que a minha própria boca determinada aos miasmas do Tempo...Por que está falsa honradez permitindo-nos por meios ilusórios a FALSSÍSSIMA noção de “Autêntico” , “ Legítimo” , “Poeta”, “ Escritor” ? Quando me chamam de Escritor, ou apontam para algum tributo de ordem e verve literária que supostamente existe em mim, eu me sinto um anormal, é como se reconhecessem em mim uma afetação no sentido de existir, é como se colocassem em mim um chifre de unicórnio, é como se percebessem em mim alguma deformidade física no sentido de acréscimo, tal qual três testículos, god damnn... aos que lerem isso aqui, por favor, nunca mais faça qualquer tipo de inferência dessa similaridade.Pois bem , depois dessas recomendações, posso voltar ao texto: O caminho que eu proponho é este, não baixarmos a Literatura ao nível podre e desbocado, onde o texto e a ideia são forjada num único recinto: bares; sobre uma única influência: os beatniks. Por outro lado, não demos ao Verbo este sentido santo, longíncuo, contemplativo, um sentido como se o Verbo não fosse o Verbo, como se o Verbo fosse um moto taxista que saísse das mãos do que escreve e fosse lá no mundo das ideias buscar apetrechos de Ideal e Sublime, como se este mundo acessível fosse permitido tão somente ao que escreve, como se o mundo perfeito de qualquer cão no cio de aí fora fosse ilegítimo. Portanto, dos dois caminhos propostos nasce a tal terceira via: Não façam nada no sentido da Literatura que eu proponho, porque o que eu proponho não é Literatura, é uma Aporia no sentido mais esculhambado que minhas habilidades inúteis possam oferecer provocativamente.Que a Literatura que não me há, seja ela composta por elementos que os próprios limites de não me haver Literatura possa reger, ainda, que minha Literatura não me seja Literatura, porque só assim os que fazem Literatura possam fazer uma coisa distinta da qual eu faço, e ainda assim haverá Literatura, é claro para aquém ou além de mim. Foda se o príncipio de identificação , fodam-se as Letras e os entusiastas dela, FODA-SE SOBRETUDO O MEU ETERNO PARARARATUNDUN DO BENZOATO, ESSA ETERNA GAGUEIRA FALSEADA DE METALINGUAGEM.

"Se algo for (ei ti esti) é eterno" [supra sensível, imutável, não suscetível de transformação, eterno (aídion).Eterno é uma expressão canhestra, pois ao ouvir o termo logo pensamos no tempo, nele misturamos passado e futuro, como um tempo infinitamente longo; enquanto na realidade aqui se trata do esterno (aídion) como o igual a si mesmo, o puramente presente, sem que intervissem representações do tempo.(...)George F. W. Hegel





BADBADNOTGOOD
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sábado, 24 de março de 2012

trecho de Viérotchka, Contos, A.Tchekov
"...Acontece aparecerem num repente cegonhas no horizonte, a brisa ligeira traz os seus gritos entre tristonhos e eufóricos, e, um instante depois, por mais ávidamente que fixemos a vista nos longes azuis, não vemos um ponto, não ouvimos um som sequer: assim também as pessoas, com os seus semblantes, as suas falas, aparecerem ligeiramente na vida e submergem em nosso passado, não deixando mais que as pegadas insignificantes da memória...Diante de Ogniov, estava a filha de Kuznietzov, Viera, moça de vinte e um anos, geralmente triste, descuidada no trajar e interessante. As moças que devaneiam muito e passam dias inteiros deitadas, lendo tudo o que lhes vem às mãos, que se enfadam e entristecem, vestem-se geralmente com desleixo.Mas esse ligeiro desleixo no traje acrescenta um encanto peculiar àquelas que a natureza dotou de gosto e do instinto da beleza.Pelo menos, lembrando-se mais tarde da bonita Viérotchka, Ogniov não podia imaginá-la a não ser com um casaquinho largo, que se amassava junto à cintura, formando pregas fundas, mas que assim mesmo não tocava o corpo, com um cacho de cabelo que deixando o cabelo penteado alto, escorregava sobre a testa,com o xale vermelho,de malha,tendo bolinhas felpudas na beirada...


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

nevrálgico e neurasténico.


Em uma nota biográfica, que certamente um amigo me escreveu por capricho do deboche, ou melhor ,(afrouxando a veracidade) que um amigo escreveu-me por afeição a minha figura, dizia que “na explosão da puberdade eu havia encontrado a literatura”. Não creio que isto foi suposto como uma sacada exclusiva, como uma autenticidade radiante de quem viu um sol pela primeira vez depois de muito tempo no escuro,mas creio que nestas palavras há sim uma verdade rasa fundamental, como todas verdades fundamentais que tenho encontrado na superfície das coisas, entre os quais posso indicar de impressão vazia, que no fundo, no fundo, não tenho encontrado verdade. Nestas palavras há um sentido constatado de que por escolha eu fiz uma escola entre os russos e irlandeses, franceses, portugueses, judeus cabalísticos, tive mestres mudos de letras impressas que se coadunaram muito com as características da puberdade na qual eu adolescente estava passando:formação do caráter, degeneração dos valores rotos ou curto demais ao qual tentaram me vestir, a revolta sem causa, a inconsequência desmedida de acreditar em palavras e aforismos de cunho literário. Hoje,à guisa de quem conta moscas circundando a cabeça, eu paro e trago um cigarro, e entre mais tragadas num cigarro que a própria vontade de ter idéias e escrever, eu imito uma caricatura tosca, dum jovem de média estatura que tenta ilegitimamente escrever com impressões molhadas, que logo logo se secarão sob o sol da inteligência árida. Pudesse eu ter paisagens como vós outros meus amigos, mas é seco por aqui de dentro, de onde vos falo. Voltando ao ensaio pra logo sair, dentre os filósofos desesperados e os outros tantos homens mortos pelos quais me apaixonei, restou-me a compreensão ligeira e vaga de que partilhei de suas impressões, aliado à uma ojeriza abrupta e pouco fundamentada, de que através da percepção do novo, da maioria que conheço que concebem a literatura como uma novidade miraculosa, eu declaro: eu odeio as minhas idéias e detesto a idéia de todos vocês que encontram na literatura subterfúgio pra vossa inquietação. Prefiro vê-los bebados , drogados e caídos do que vê-los escritores, poetas e filósofos de botequim. Não querem que eu os reconheça, tampouco desejam que eu lhes seja companheiro de campanário, ou mesmo entusiasta de seus escritos, mas eu vos digo mesmo assim (à maneira de quem tagarela escrevendo) eu só reconhecerei seus escritos depois que a vossa juventude se esfumar, ou vossas vidas se findarem, por força do reconhecimento póstumo.Posto aos blogueiros beatnicks e poeteiros da novissima geração (da nova geração kkkkk) e a todos outros que são escritores:”SE TODOS O SÃO, PREFIRO NÃO SER”. S.Kierkegaard

Se eu escrevo assim, é porque não contribuirei com nada, vós contribuintes da nova sacola literária, terão público, colunas em jornais, peças em teatro e é por isso que eu sonego, eu só nego! Eu declaro minha incapacidade através da minha faculdade de invejar ao próximo. Sem mais, obrigado.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


LE FEU FOLLET (1963) LOUIS MALLE


LE REFUGE (2009) FRANÇOIS OZON


LES INVASIONS BARBARES (2003) DENYS ARCAND


FANNY AND ALEXANDER (1982) INGMAR BERGMAN



CHUNCKING EXPRESS (1994) WONG KAR WAI


DOS HERMANOS (2010) DANIEL BURMAN


MACHUCA (2004) ANDRES WOOD


LUGARES COMUNES (2002) ADOLFO ARISTARAIN


LE NOTTI DI CABIRIA (1957) FELLINI


GIANT (1956) GEORGE STEVENS


REBEL WITHOUT A CAUSE (1955) NICHOLAS RAY


FALLEN ANGELS (1995) WONG KAR WAI


LAS LUNES AO SOL (2002) FERNANDO LEÓN DE ARANOA